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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Lula diz que programa de banda larga ficará pronto em 15 dias

Presidente afirma também que vai recuperar a Telebrás para fazer internet rápida no Brasil; mas avisa que companhia será "enxuta".


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante uma coletiva de imprensa em Três Lagoas (MS) nesta sexta-feira (19/2), que o Programa Nacional de Banda Larga deve ficar pronto em duas semanas. “Talvez mais uns 15 dias para frente possamos ter um programa de banda larga”.
Segundo o presidente, o projeto demorou para ficar pronto - a apresentação final foi adiada quatro vezes – porque ele quis ouvir todas as partes envolvidas na questão para formatar uma proposta.
“Convoquei uma reunião com o governo, não fiquei satisfeito. Convoquei uma segunda, uma terceira, não me agradaram. Então convoquei uma quarta reunião com o governo”, disse.

“Depois dos encontros com o governo pedi para o pessoal uma reunião com todas as empresas privadas. Depois quis uma reunião com todos os bichos grilos que discutem banda larga neste País”.
“Agora já ouvimos todo mundo. Está quase pronto”, afirmou.

O presidente também confirmou a utilização da Telebrás para ofertar banda larga.
“Que ela (Telebrás) vai crescer, vai, porque nós vamos recuperar a Telebrás. Nós vamos utilizar ela para fazer banda larga neste país", disse.
Lula tratou de ressalvar, no entanto, que será uma empresa diferente daquela que o país um dia conheceu.

“O que seria uma Telebrás? Eu não quero uma Telebrás com três mil, quatro mil funcionários. Quero uma empresa enxuta, que possa propor projetos ao governo”.
O mercado estava esperando o anúncio de reativação da Telebrás na última reunião entre Lula e os técnicos do governo para apresentação do PNBL no último dia 10/02. Entretanto, técnicos afirmam que

o governo ainda tinha dúvidas sobre o estatuto de criação da empresa, uma vez que a nova estatal terá papel diferente da atual. A nova Telebrás será responsável pela infraestrutura que vai entrega banda larga pública.
Logo após a confirmação pública da intenção de reativação da Telebrás pelo presidente Lula, as ações da companhia valorizaram 14,8%, repetindo o quejá havia acontecido no dia 3 de fevereiro, após a informação de que Lula havia afirmado o mesmo para representantes da sociedade civil em reunião sobre o PNBL em Brasília.
Em setembro do ano passado, o papel da antiga estatal era oferecido na Bovespa a 42 centavos. Era uma ação praticamente sem liquidez e presença na carteira de grandes corretoras. Mas desde outubro do ano passado começou a valorizar.
A Bovespa e BM&F chegaram até a pedir explicações para o diretor de relações com investidor da Telebras, Jorge da Motta Silva, sobre as fortes oscilações registradas com as ações ordinárias e preferenciais de emissão da estatal durante o mês de janeiro.

Analistas do mercado afirmam que antes de o governo federal anunciar a volta da Telebras os papéis da estatal estavam no ostracismo. E reconhecem que esse comportamento é um movimento especulativo para atrair investidores.
Iniciativa privada vai participar
No que se refere à participação da iniciativa privada, Lula declarou que cobrará das companhias um serviço a preço acessível na última milha.
"Vou chamar todos e quero saber quem vai colocar a última milha ao preço mais baixo. Quem fizer, ganha; quem não fizer, está fora. Para isso, o Estado tem de ter capacidade de barganhar".

Fonte: IDGNow

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